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Sistema Infinitamente Imaterial

No ano em que o Ballet Contemporâneo do Norte completa 30 anos de actividade regular no campo da dança contemporânea, nas suas dimensões de criação, difusão, educação e investigação, decidimos re-publicar Sistema Infinitamente Imaterial, objecto editorial lançado em 2020 que agora conhece uma segunda edição revista e aumentada. O livro compila um conjunto de reflexões transdisciplinares que põem em diálogo a história da companhia com a sua envolvente geográfica, política, social, institucional, cultural e emocional, sugerindo uma revisão crítica do desenvolvimento da missão ética e estética do Ballet Contemporâneo do Norte enquanto companhia (experimental) de dança. Através de contributos da história e crítica da dança, da criação coreográfica, da literatura, da filosofia, da gestão cultural e das práticas documentais, o livro analisa essa identidade mutável, holística, des-hierarquizada e horizontal que tem sido a prática do Ballet Contemporâneo do Norte ao longo dos últimos 30 anos, tornando visíveis as agências de criadores, colaboradores e demais participantes, e abrindo espaço (e tempo) para a inclusão de novos olhares e perspetivas periféricas, perpendiculares e paralelas à história da companhia.

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A 2ª edição do livro foi lançada no dia 29 de abril de 2025, Dia Mundial da Dança, no Centro Cultural de Milheirós de Poiares

Coordenação Editorial: Rogério Nuno Costa
Design Gráfico e Ilustração: Jani Nummela
Produção e Edição: BCN © 2025
Autorxs: Ana Bigotte Vieira, Claudia Galhós, Elisa Worm, Joclécio Azevedo, Miguel Refresco, Rogério Nuno Costa, Susana Otero, Vânia Rodrigues.
Testemunhos: Carminda Soares, Filipa Duarte, Gil Ferreira, Jordann Santos, Jorge Gonçalves, Luís Carolino, Maria R. Soares,, Mariana Tengner Barros, Miguel Pereira.
Excertos de entrevistas, conversas e outros escritos: Aurora Pinho, Dinis Machado, Diogo Machado, Diogo Sottomayor, Elisa Worm, Filipe Pereira, Flávio Rodrigues, Inês Nogueira, Jorge Gonçalves, Mariana Tengner Barros, Renata Portas, Rogério Nuno Costa, Sade Risku, Sérgio Diogo Matias e Susana Otero.

Fotografias: Patrícia Costa, André Mendes, Daniel Oliveira, Jani Nummela, José Pinto, Miguel Refresco, Susana Otero, Vítor Rosário, Xana Novais, Ana Lopes, Andreas Dyrdal, Edgar Tavares, João Pádua.
Fotografia da contra-capa: José Viegas (com Elisa Worm em coreografia de Carlos Trincheiras para o Ballet Gulbenkian).
Imagem não-creditada: pp. 234-35: “Expedição”, de Mara Andrade, fotografia de Miguel Refresco, 2019).
Agradecimentos: Ana Carvalho, Paulo Vasques, Sofia Reis, Eduarda Neves, Gonçalo Amorim, Bruno Moreira, Fátima Sá, Tiago Coimbra, Pedro Cerejo, Inês Lobão, Cristina Grande.

Agradecimento especial à equipa do projeto “Para uma Timeline a Haver: Genealogias da Dança como Prática Artística em Portugal” (Ana Bigotte Vieira, Carlos Manuel Oliveira e João dos Santos Martins), à Associação Parasita e à Fundação de Serralves.

Impressão: Lidergraf - Artes Gráficas, S.A.
Ano de Edição: 2025 (primeira edição: 2020)
Local de Publicação: Porto
Tiragem: 100 exemplares
N. DL: 546562 / 25

< sobre a primeira edição >

No ano (2020) em que o Ballet Contemporâneo do Norte completou 25 anos de actividade regular no campo da dança contemporânea, nas suas dimensões de criação, difusão, educação e investigação, decidimos inaugurar um novo andamento programático.

A crise pandémica obrigou a uma reestruturação radical, por vezes até trágica, dos nossos planos, mas não quisemos desistir.

Este livro é disso prova.

Concretiza um sonho há muito desejado, o de compilar uma série de testemunhos textuais, visuais e performativos sobre e à volta do Ballet Contemporâneo do Norte, num objecto editorial plural que toma a forma de um manual teórico-prático para a reflexão (inter e transdisciplinar) de questões centrais para o pensamento contemporâneo, abordando as áreas dos estudos de performance, da crítica e filosofia da dança, dos dispositivos e operações de arquivo, registo e sistematização aplicados à efemeridade, etc.

Um objecto que, em última análise, possa resistir à narrativa institucional da celebração do “número redondo” (só porque sim) ou à convenção formal e académica do “catálogo” monográfico, sem contudo deixar de jogar com esses códigos, questionando-os e reactivando-os em novas elaborações e novos ensejos.

Um sonho que é também o de nos permitirmos a trabalhar, a cada nova investida, uma ideia de companhia que se renova, transforma e metamorfoseia, apresentando-se cada vez mais enquanto laboratório experimental, e experiencial, onde se testam possibilidades de estar, ser e fazer “juntos”.Uma companhia que recusa a estagnação, a cristalização dogmática de processos e saberes, e a imposição ditatorial de heranças incontestáveis ou de figuras tutelares. Mas também permitir que se olhe para o passado com o respeito que ele nos exige, sabendo que é nele que estão as mãos que continuamente moldam o futuro, que queremos efabular e continuar a construir.Este livro começou por fazer exactamente isso: uma revisão cirúrgica, e crítica, de um legado, do qual fazem parte artistas, investigadores, técnicos, produtores, pedagogos, acompanhadores e consultores vários, espectadores (claro), mas também amigos, cúmplices e companheiros de batalha. Apesar da sua inultrapassável finitude (não cabe tudo!), este livro parece-nos conseguir espelhar aquilo que tem sido a missão do Ballet Contemporâneo do Norte ao longo dos últimos 25 anos: um projecto analítico de/para o desenvolvimento da dança contemporânea em Portugal. Para que tal fosse possível, convidámos agentes de áreas disciplinares e aproximações à companhia muito diversas (desde colaboradores assíduos a profissionais que apenas conheciam o BCN das redes sociais) para, num objecto heterogéneo e reticular, testarem formulações de pensamento e escrita que testassem essa tal hipótese de uma identidade (ética e estética) mutável, holística e des-hierarquizada, que o BCN tem vindo a desenvolver sobretudo nos últimos 10 anos.

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Procurar, também, revelar o é que mais invisível, ou menos divulgado, dando especial atenção a processos duracionais de criação e de investigação (e não tanto de “resultados”), iluminando as tensões, às vezes contradições, que se operam no diálogo entre performatividade, experimentalidade, conceptualidade e documentalidade. Também a relação da companhia com o território específico onde a companhia tem sede (Santa Maria da Feira) foi profusamente discutida. A pertinência deste projecto revela-se-nos, assim, na sua estrutura polivalente (em formatos, conteúdos e áreas de pensamento), nas fricções que opera entre documentalidade e efemeridade, arte e crítica, dança e história (da dança), mas sobretudo na evidência de que mantém, ampliando, a nossa missão de partilha de autorias e autoridades, e a antevisão de uma companhia “experimental” de dança, ambição que se edifica num processo gradual e infinito. Também imaterial. Também propiciador de novos discursos sobre a dimensão essencialmente projetual da companhia, tornando visíveis as agências e as autorias de criadores e colaboradores, mas também espectadores e ”participadores”, abrindo caminhos para outras realidades ainda não exploradas. E, porque nos interessa essa confrontação, também a abertura de um espaço para a discussão em torno das fragilidades, das inconsistências e das contradições. Esta inauguração simbólica de um novo ciclo significa, para nós, a solidificação de parcerias e afectividades, idealizando novas colaborações, e perspectivando novos inícios, ou novas formas, também elas experimentais, de começar. Obrigado a todos/as pelo empenho, pela dedicação, pela generosidade e pelo amor. E que venham mais 25!

SISTEMA . INFINITAMENTE . IMATERIAL Ballet Contemporâneo do Norte . 25 Anos [1995-2020]​​

Coordenação: Rogério Nuno Costa

​Produção e Edição: Ballet Contemporâneo do Norte

Design Gráfico: Jani Nummela

Autorxs: Ana Bigotte Vieira, Cláudia Galhós, Joclécio Azevedo, Miguel Refresco, Rogério Nuno Costa, Susana Otero, Vânia Rodrigues

Colaboradorxs: Elisa Worm, Gil Ferreira, Jorge Gonçalves, Mariana Tengner Barros, Miguel Pereira

Excertos de entrevistas e conversas: Dinis Machado, Diogo Machado, Filipe Pereira, Flávio Leihan, Flávio Rodrigues, Inês Nogueira, Jorge Gonçalves, Mariana Tengner Barros, Renata Portas, Rogério Nuno Costa, Sade Risku, Sérgio Diogo Matias e Susana Otero

Fotografias: André Mendes, Daniel Oliveira, Jani Nummela, José Pinto, Miguel Refresco, Susana Otero e Vítor Rosário.

Fotografia da contra-capa: José Viegas, com Elisa Worm em coreografia de Carlos Trincheiras para o Ballet Gulbenkian.

Agradecimentos: Luís Carolino, Paulo Vasques, Sofia Reis, Eduarda Neves, João dos Santos Martins, Gonçalo Amorim, Bruno Moreira, Fátima Sá, Tiago Coimbra.​

Impressão: Lidergraf - Artes Gráficas, S.A.

Ano de Edição: 2020

Tiragem: 100 exemplares

N. DL: 476411/20

© 2025 Ballet Contemporâneo do Norte

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