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I N I C I A Ç Ã O​

Captura de ecrã 2025-06-30, às 17.08.45.png

SUPER HOMEM

(EM CRIAÇÃO...)

Cocriação
ASTA – Teatro e Outras Artes
BCN – Ballet Contemporâneo do Norte

O Rumo do Fumo


Criação e Direção
Miguel Pereira

Apresentações

  • ESTREIA | 29 de abril 2026 | Cineteatro António Lamoso - Santa Maria da Feira

  • 7 de maio | Teatro Municipal da Covilhã

 

Este espetáculo junta três estruturas de diferentes regiões do país: ASTA – Teatro e Outras Artes, da Covilhã; BCN – Ballet Contemporâneo do Norte, de Santa Maria da Feira e O RUMO DO FUMO, de Lisboa.
Comandadas por um dos mais reputados coreógrafos e bailarinos nacionais, Miguel Pereira, assina a criação e direção deste espetáculo que tem como ponto de partida a conceção de Super-Homem de Nietzsche, que servirá de mote ao processo criativo exploratório do espetáculo.
O processo criativo decorrerá em residência artística de criação que decorrerão na Covilhã e Santa Maria da Feira.
Durante este período a equipa artística investigará sobre a obra e sobre o pensamento de um dos mais brilhantes pensadores da filosofia.
Sob a direção de Miguel Pereia, a equipa artística trabalhará em torno das premissas de Nietzsche, para dar corpo a um Super-Homem do século XXI!

“Eu vos ensino o super-homem. O homem é algo que deve ser
superado. Que fizestes para superá-lo?
Grande, no homem, é ele ser uma ponte e não um objetivo: o que
pode ser amado, no homem, é ser ele uma passagem e um
declínio.
Eu vos digo: é preciso ter ainda o caos dentro de si, para poder
dar à luz uma estrela dançante, eu vos digo: tendes ainda o caos
dentro de vós.
O homem encontra-se no meio do percurso, entre animal e super-
homem, e celebra o seu caminho para a noite como a mais alta
esperança; pois é o caminho para uma nova manhã.
Então aquele que declina abençoará a si mesmo por ser um que
passa para lá; e o sol do seu conhecimento permanecerá no meio-
dia
‘Mortos estão todos os deuses: agora queremos que viva o super-
homem”


In Nietzsche, Assim Falou Zaratustra

Captura de ecrã 2025-06-30, às 17.10.35.png

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA (em construção)

Criação e Direção: Miguel Pereira
Coreografia: Miguel Pereira e Susana Otero
Interpretação: Carmo Teixeira, Filipa Duarte, Sérgio Novo e Susana Otero
Desenho de Luz: Pedro Abreu
Composição Musical: Pedro Augusto
Cenografia: Colectivo Suspeito
Figurinos: Jordann Santos
Fotografia: Miguel Refresco
Produção: Daniela Ribeiro, Liliana Claro, Rui Pires
Cocriação: ASTA – Teatro e Outras Artes / BCN – Ballet Contemporâneo do Norte / O RUMO DO FUMO
Coprodução: Cineteatro António Lamoso / Câmara Municipal de Santa Maria da Feira
Apoio: Câmara Municipal da Covilhã


ASTA, BCN, O RUMO DO FUMO estruturas financiadas por
Ministério da Cultura / Direção Geral das Artes

CONDIÇÕES CONTRATUAIS

Valor e condições sob consulta.

Friedrich Nietzsche (1844-1900)

Um dos filósofos emblemáticos dos finais século XIX, nasceu em 1844, em Röcken, e morreu em 1900, atacado pela demência, em Weimar. As suas reflexões caracterizam-se por uma violenta crítica aos valores da cultura ocidental.
Com efeito, para Nietzsche, a decadência do Ocidente começou quando o discurso filosófico, depois de Sócrates, veio afastar a síntese que se realizara na tragédia grega, substituindo a harmonia apolíneo/dionisíaco (representando a ambivalência da essência humana, dividida entre a desmesura passional e a medida racional) por um discurso das aparências, enganador e ilusório, que transforma a realidade autêntica em metáforas ocas. Esse processo de
desvitalização encontrará o apogeu com a afirmação da moral judaico-cristã, «moral de escravos», reflexo de uma maquinação hipócrita de indivíduos débeis, ignóbeis e vis numa tentativa de enfraquecer e dominar pela astúcia os valorosos.
A crítica nietzschiana acaba mesmo por abranger os fundamentos da razão, considerando que o erro e o devaneio estão na base dos processos cognitivos e que a fé na ciência, como qualquer fé em verdades absolutas, não passa de uma quimera. Não se limitando, porém, à denúncia de um estado de espírito dominado pela submissão a valores ancestrais, impotentes para criar algo de novo e propagando a obediência e a servidão como princípios supremos, ao
proclamar a «morte de Deus» e a abolição de qualquer tutela, Nietzsche passa ao anúncio de uma nova era centrada na exaltação da vontade de poder, apanágio do homem verdadeiramente livre, o super-homem, que não conhece outros ditames além dos que ele próprio fixa. No entanto, o super-homem não é unicamente dominado pelo egoísmo, cabendo-lhe dirigir a «massa», anónima e ignorante, para um estádio superior em que os valores vitais, a alegria e a espontaneidade permitam a reafirmação do instinto criador da humanidade.
Pensador paradoxal, associa ao super-homem a consciência do eterno retorno, procurando, talvez, exprimir o aspeto cíclico dos movimentos históricos ou a impossibilidade de alguma vez, ser atingido um grau supremo de perfeição no devir do Homem.

Expressando-se de forma aforística e mantendo todas as suas afirmações no limiar da inteligibilidade imediata, Nietzsche foi um filósofo ímpar, tão inovador como polémico: ao exaltar, em detrimento da razão, a faculdade da vontade como núcleo da essência humana e verdadeiro motor do devir e colocando-se numa posição de profundo ceticismo face aos fundamentos da ética e da moral, abalou profundamente os pilares do racionalismo, sendo por isso considerado
como um dos «filósofos da suspeita» (ao lado de Marx e Freud), na esteira da «crise da razão» que marcou profundamente a filosofia no século XX.
Entre as suas obras são de destacar: A Origem da Tragédia (1872), Humano, Demasiado Humano (1878), Aurora (1881), A Gaia Ciência (1882), Assim Falou Zaratustra (1883-85), Para além do Bem e do Mal (1886), A Vontade de Poder (1886, editado em 1906), A Genealogia da Moral (1887), Ecce Homo (1888), O Anticristo (1888).

Miguel Pereira
Frequentou a Escola de Dança do Conservatório Nacional e a Escola Superior de Dança, em Lisboa. Foi bolseiro em Paris (Théâtre Contemporain de la Danse) e em Nova Iorque com uma bolsa do Ministério da Cultura.

Como intérprete trabalhou, entre outros, com Filipa Francisco, Francisco Camacho e Vera Mantero. Participou na peça e no filme “António, Um Rapaz De Lisboa” de Jorge Silva Melo, trabalhou com Jérôme Bel em “Shirtologia (Miguel)” (1997) e foi intérprete em “Les Inconsolés” de Alain Buffard, na remontagem da peça em 2017.
Como criador destaca os trabalhos “Antonio Miguel”, peça com a qual recebeu o Prémio Revelação José Ribeiro da Fonte do Ministério da Cultura e uma menção honrosa do prémio Acarte/Maria Madalena Azeredo Perdigão (2000), “Notas Para Um Espectáculo Invisível” (2001), Data/Local (2002), “Corpo de Baile” (2005), “Karima meets Lisboa meets Miguel meets Cairo”, uma colaboração com a coreógrafa egípcia Karima Mansour (2006), “Doo” (2008), “Antonio e Miguel”, uma nova colaboração com Antonio Tagliarini (2010), “Op. 49” (2012), “WILDE” (2013) uma colaboração com a mala voadora, “Repertório para Cadeiras, Figurinos e Figurantes” (2015) para o Ballet Contemporâneo do Norte, “Peça para Negócio” e “Peça feliz” (2017), “Era um peito só cheio de promessas” (2019), “Falsos Amigos” (2021) em colaboração com Guillem Mont de Palol, e “Miquelina e Miguel” (2022) a partir da relação entre Miguel e a sua mãe, de 87 anos diagnosticada com demência.
Em 2003, 2007 e 2015 criou para o repertório da Transitions Dance Company/Laban Centre as peças “Transitions”, “Transitions II” e “Transitions III” que integraram a tournée nacional e internacional da companhia (2003/2004, 2007/2008 e 2014/2015).
No ano de 2003 foi alvo de uma mini-retrospectiva nas Caldas da Rainha, integrada no ciclo “Mapas” organizado pela Transforma-AC em colaboração com a ESTGAD.
O seu trabalho tem sido apresentado em toda a Europa, Brasil, Uruguai e Chile, e é professor convidado em diferentes estruturas nacionais e internacionais. Desde 2000, convidado por Vera Mantero, é artista associado da estrutura O Rumo do Fumo.

ASTA

A ASTA – Teatro e Outras Artes, foi fundada em 2000. A sua identidade está assente numa cultura transdisciplinar, que tem por base o teatro. Desde a sua origem procuramos a originalidade e a diferença, numa constante procura de novos métodos e linguagens, seja reinventando clássicos ou criando a partir do espaço vazio. O seu trabalho é bastante diversificado, centrando-se em cinco eixos principais: Criações; Festivais/Programação; Circulação; Serviço Educativo e Projetos de Investigação.

Ballet Contemporâneo do Norte

A atividade do BCN (1995-) organiza-se em torno de vários eixos interconectados: criação, produção e difusão de trabalhos coreográficos; desenvolvimento da sensibilidade e pensamento crítico das populações (Serviço Educativo); contribuição para a qualificação e coesão social (projetos comunitários); descentralização; formação de novos artistas; inovação e experimentação. O objetivo central é efetivar a sua atividade no campo da produção, promoção e educação no campo das artes performativas, em especial na criação coreográfica, segundo princípios de equidade, correção, rigor e clareza. Simultaneamente, convocar práticas artísticas emergentes da responsabilidade de agentes laboral e financeiramente mais frágeis, apostando na criação contemporânea experimental e em criadores com percursos artísticos distintos. Ambiciona-se a exploração de colaborações estratégicas para a criação de projetos de dinâmica participativa, refletindo sobre a natureza intrínseca da noção de companhia, e antevendo formalizações metodológicas e organizativas que exploram abordagens experimentais ao trabalho em equipa. ​ 

O RUMO DO FUMO
Fundado em 1999 por Vera Mantero e apoiado desde então pelo Ministério da Cultura, O Rumo do Fumo é uma estrutura de criação, produção, difusão nacional e internacional, investigação, formação e programação, na área da dança contemporânea, que se posiciona num território artístico de carácter experimental e de pesquisa. Território que é também de alargamento do campo da própria dança e dos seus horizontes, caracterizando-se pela transversalidade das disciplinas artísticas e cruzamento de dança, música, teatro, literatura/poesia, artes plásticas e cinema.

© 2025 Ballet Contemporâneo do Norte

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